05/01/2015

A necessidade de conhecer o nosso corpo quando corremos

Quando analisamos a corrida encontramos três tipos de passada, a pronadora, a neutra e a supinadora, e dentro dessa análise ainda encontramos passadas mais larga, mais "saltadas", mais curtas e mais parecidas com a marcha, já para não falar, da biomecânica do movimento que deixaremos para outra ocasião.


Hoje em dia fala-se em tênis para todo o tipo de passada, mas será que evitam lesões, ou será que temos de ser nos a corrigir a nossa própria passada?


É claro que os avanços na tecnologia dos tênis beneficiam, e muito, o mundo das corridas, mas o que me preocupa é que grande parte das pessoas deposita praticamente toda sua confiança de prevenção de lesões num par de tênis, o que é um equivoco. Por exemplo, os tênis podem ter o melhor sistema de amortecimento do mercado, mas eles não são capazes de diminuir o impacto que o nosso corpo sofre tão bem quanto os nossos próprios músculos. Pouco adianta uns tênis se o o nosso próprio corpo não estiver a fazer o movimento correcto durante a corrida ou se o nosso volume e intensidade de treino estiver a exceder o limite do nosso corpo.

Temos de ser nos, corredores, a corrigir a passada e a biomecânica do movimentos para evitar  lesões. Deve existir um equilíbrio muscular e uma postura correcta para se realizar um boa passada e uma diminuição da probabilidade de lesões.

Quantos de nós, durante a corrida, já não teve dores nos pés, joelho, costas e até ombro?
Tudo tem a ver com equilíbrio muscular, articular e coordenativo do nosso corpo.

Antes de começarmos a pratica da corrida deveríamos analisar a nossa postura na marcha e começar por aí.

Investigadores colocaram 45 corredores populares saudáveis a correr sobre a passadeira a um ritmo constante, desenvolvendo três tipos de passada: a sua passada preferida, mais longa e mais curta. Ao aumentar entre 5 e 10% os passos, observou-se que se reduzia a mecânica absorvida pelo joelho. E ao aumentar em mais 10% os passos na corrida, reduziu-se a energia absorvida pela anca. Os investigadores sugerem que dar passadas ligeiramente mais curtas poderia reduzir o risco de lesões nos joelhos e ancas e ajudar a recuperação de lesões já existentes.

Fonte: Medicine & Science in Sports & Exercise (Fev. 2011)

Inês Silva
Personal Trainer e Osteopata

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