Quando analisamos a corrida encontramos três tipos de passada, a pronadora, a neutra e a supinadora, e dentro dessa
análise ainda encontramos passadas mais larga, mais "saltadas",
mais curtas e mais parecidas com a marcha, já para não falar, da biomecânica do movimento que deixaremos para outra ocasião.
Hoje em dia fala-se em tênis
para todo o tipo de passada, mas será que evitam lesões,
ou será que temos de ser nos a corrigir a
nossa própria passada?
É claro que os avanços
na tecnologia dos tênis
beneficiam, e muito, o mundo das corridas, mas o que me preocupa é
que
grande parte das pessoas deposita praticamente toda sua confiança de prevenção de lesões num par de tênis,
o que é um equivoco. Por exemplo, os tênis podem ter o melhor sistema de
amortecimento do mercado, mas eles não são
capazes de diminuir o
impacto que o nosso corpo sofre tão bem quanto os nossos próprios músculos.
Pouco adianta uns tênis se o o nosso próprio corpo não estiver a fazer o movimento
correcto durante a corrida ou se o nosso volume e intensidade de treino estiver a exceder o limite do nosso corpo.
Temos de ser nos, corredores, a corrigir a passada e a
biomecânica do movimentos para evitar lesões. Deve existir um equilíbrio
muscular e uma postura correcta para se realizar um boa passada e uma diminuição
da probabilidade de lesões.
Quantos de nós, durante a corrida, já
não
teve dores nos pés, joelho, costas e até
ombro?
Tudo tem a ver com equilíbrio
muscular, articular e coordenativo do nosso corpo.
Antes de começarmos a pratica da corrida deveríamos
analisar a nossa postura na marcha e começar por aí.
Investigadores colocaram 45 corredores populares saudáveis
a correr sobre a passadeira a um ritmo constante, desenvolvendo três tipos de passada: a sua passada
preferida, mais longa e mais curta. Ao aumentar entre 5 e 10% os passos,
observou-se que se reduzia a mecânica absorvida pelo joelho. E ao
aumentar em mais 10% os passos na corrida, reduziu-se a energia absorvida pela
anca. Os investigadores sugerem que dar passadas ligeiramente mais curtas
poderia reduzir o risco de lesões nos joelhos e ancas e ajudar a
recuperação de lesões já existentes.
Fonte:
Medicine & Science in Sports & Exercise (Fev. 2011)
Inês
Silva
Personal Trainer e Osteopata